quinta-feira, 25 de junho de 2009

Visita à Hemeroteca Municipal de Lisboa

1-A missão da HML é fundamental criar uma memória digital que se refere ao imediato universo das publicações periódicas. Em simultâneo está a contribuir para recuperação, reprodução e informação e para preservação do património histórico e cultural.

2-Como se escrevia: Como se escreve:

1850 2009
Immoralidade Imoralidade
Escholas Escola
Manuscriptos Manuscritos
Paíz País
Méthodo Método
Licções Lições
Paes Pais
Auctor Autor
Lettras Letras
Idéa Ideia
Facillimas Facílimas
Difficuldades Dificuldades
Applicações Aplicações
Signaes Sinais
Alphabeto Alfabeto
Appresentando Apresentando
Elles Eles
Impelliram Impeliram
Sociaes Sociais
Solemne Solene
Sciencias Ciências
Anarchia Anarquia

A regra genérica foi a simplificação.

3-A instrução pública devia ser obrigatória mas com aproveitamento. Este método consta de leitura repentina, da promoção e remunerar.
Se estes valores não forem concretizados
Ilusão, engano, imoralidade, desorganização e anarquia donde se conclui que decretar a instrução pública e não a tornar obrigatória é a desilusão para as necessidades do país.
4- As duas técnicas mais utilizadas são a microfilmagem e digitalização. Ambas têm como vantagem a conservação, evitando a sua deterioração sendo também mais fácil guardar, um conjunto de livros e documentos, tornando mais fácil a sua consulta. Com este método preserva-se assim uma memória colectiva garantindo a sua sobrevivência no futuro.
5-Link no blog sobre o Miau nº 6
6-As vantagens da deslocação física à Hemeroteca comparativamente com a utilização dos serviços disponíveis na internet são: ter a possibilidade de uma explicação mais detalhada por um técnico e também a poder ver e desfolhar documentos, livros, microfilmes.
As actividades de promoção da leitura, desenvolvidas nas BLX, caracterizam-se pela diversidade na abordagem da promoção e divulgação cultural, destinando-se a vários tipos de públicos: adultos, crianças, jovens, famílias, etc.

"Uma história de Vida..."


Numa tarde de Verão D. Joana olhava o mar, aquele mar trazia-lhe à lembrança as férias passadas com os seus filhos, dois rapazes e uma menina ainda pequenos. A sua memória rebobinava a fita de uma vida imensa. As lembranças eram boas. Neste filme via os seus filhos brincarem à beira-mar mas sempre atenta Joana lia um livro sem nunca os perder de vista. Eles brincavam, corriam e chapinavam na água, as brincadeiras características de crianças daquela idade.
Durante muitos anos estas cenas repetiam-se, os seus meninos iam crescendo mas Joana não se apercebia, para ela eles iam ser sempre pequeninos. As férias iam acontecendo naturalmente tal como o dia-a-dia.
Os anos não perdoam e aqueles meninos de então, hoje são adultos e naturalmente têm também a sua família. Estudaram e, depois de terminarem o curso no estrangeiro, também a sua vida profissional se proporcionou por aquelas paragens. Apesar de estarem longe visitam com regularidade a sua mãe. A filha não casou, formou-se e tem uma vida muito preenchida com a sua profissão. Trabalha muito pois é médica numa organização Humanitária, está ausente durante largos períodos, porém não esquece a sua mãe, mas dadas as circunstâncias não lhe é possível estar tão presente.
De comum acordo foi resolvido que D. Joana teria de se instalar numa residência para pessoas mais velhas.
Nesta residência tem tudo como se estivesse em sua casa mas com a vantagem de ter pessoas que lhe dão todo o apoio, tanto a nível de cuidados médicos como também de companhia.
Nos seus 80 anos D. Joana vive bem e apesar da sua limitação física, pois necessita de andar numa cadeira de rodas depois de uma operação à coluna.
Apesar de tudo é feliz. Todos os dias está em contacto com os filhos e netos via Internet, pode falar e vê-los a todos o que é muito bom.
Neste final de tarde e depois de passar o dia com a sua filha, almoçaram, passearam e conversaram muito D. Joana revê a sua vida e sente-se feliz. Tem boas recordações dos muitos anos já vividos e apesar de não estar sempre com a sua família é uma privilegiada, sabe de tantos idosos que são esquecidos pelas suas famílias e estão quase sozinhos no mundo.
Para completar a sua felicidade recebe a notícia da visita dos filhos e netos que vêm passar uns dias com ela. D. Joana tem a certeza que vai ter uns dias muito felizes, e preenchidos, vai com certeza poder abraçá-los a todos.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

sábado, 25 de abril de 2009

Contribuintes e população activa


Este gráfico dá-nos os valores dos contribuintes e benificiários activos.Podemos ver o crescimento muito acentuado dos benficiários activos e à oscilação dos contribuintes activos e ao envelhecimento da população activa, que passaram a ser beneficiários.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Emigração 92-96


Este gráfico mostra que a emigração permanente baixou isto deve-se à instabilidade económica e às retrições impostas pelos países. Ao contrário da emigração temporária que cresceu devido a dificuldade que as pessoas tiveram em obeter titulo de residência, para poderem permanecer no país.

terça-feira, 14 de abril de 2009

CESARIO VERDE



José Joaquim Cesário Verde Nasceu em Lisboa 25 de Fevereiro de 1855 e morreu a 19 de Julho de a1886 foi um poeta português.
Filho do lavrador e comerciante José Anastácio Verde e de Maria da Piedade dos Santos Verde, Cesário matriculou-se no Curso Superior de Letras em 1873 frequentando por apenas alguns meses o curso de Letras. Ali conheceu Silva Pinto, grande amigo pelo resto da vida. Dividia-se entre a produção de poesias (publicadas em jornais) e as actividades de comerciante, herdadas do pai.
Em 1877 adoeceu com a tuberculose, doença que já lhe tirara o irmão e a irmã. Estas mortes servem de inspiração a um de seus principais poemas, Nós, 1884.
Tenta curar-se da tuberculose sem sucesso; vem a falecer no dia 19 de Julho de 1886. No ano seguinte Silva Pinto organiza O Livro de Cesário Verde (disponível ao público em1901, compilação de sua poesia.
Na poesia delicada, Cesário empregou técnicas impressionistas, com extrema sensibilidade ao retratar a Cidade e o Campo, seus cenários predilectos. Evitou o lirismo tradicional, expressando da forma mais natural possível.

O Binómio / Cidade Campo
1.Os espaços que se encontram em oposição no poema são: a cidade e o campo.
Na sua poesia delicada, Cesário descreve com extrema sensibilidade a cidade e o campo que são sem dúvida um dos seus cenários predilectos. Evitou o modo tradicional de outros poetas ao expressar estes dois espaços, esta descrição é feita mais natural possível. O contacto com o campo na sua infância determina a visão que dele nos dá e a sua preferência.
Na cidade, o ambiente físico é cheio de contrastes, com a modernização é uma realidade diferente muita gente num reboliço onde tudo se mistura. É neste sentido que podemos reconhecer a capacidade de Cesário Verde em trazer para a poesia o real quotidiano do homem citadino.

1.1“Que esta população, com um terror de lebre” “Fugiu da capital como da tempestade”
Nestas expressões o poeta caracteriza a fuga das pessoas para o campo com medo da doença, como se fugissem para se abrigar duma tempestade.
“Tanto nos viu crescer entre uns montões de malvas”
“Que ele ganhou por isso um grande amor ao campo!” Aqui o poeta fala do campo como se fosse um paraíso, onde tudo é bom saudável e seguro. E neste contacto com o campo que tem na sua infância, o poeta encontra aqui a energia perdida e quando volta para o campo fica revitalizado e com saúde.
“Sem canalização, em burgos ermos “ “Secavam dejecções cobertas de mosquitos ”Porque na época a cidade de Lisboa que já apresentava sinais modernização mas, onde ainda não havia saneamento básico, as ruas e becos estavam sujos e com detritos que originavam doenças. Com a falta de higiene saúde pública estava sob a ameaça, a peste e da tuberculose eram já causa de morte. Também nos dá uma visão da cidade como um lugar onde não há amor e a vida tem pouco significado e a morte é também um símbolo desta imagem.
No seu poema “Nós” o poeta deixa transparecer toda a sua amargura e tristeza por ter perdido os seus irmãos que morreram com a tuberculose. É com este sentimento que descreve a cidade como sendo o lugar onde tudo é mau, ao contrário do campo em que o ar é mais puro e as pessoas têm uma vida com mais qualidade.

1.2 Sim, eu partilho da mesma opinião até certo ponto, pois a qualidade de vida no campo é, sem dúvida, muito melhor. Até o simples facto de se trabalhar no campo tem outro sabor, pois no contacto com a natureza até os trabalhos mais duros são executados com mais alegria e vitalidade.

“E cá o santo Sol, sobre isto tudo,
Faz conceber as verdes ribanceiras;
Lança as rosáceas belas e fruteiras
Nas searas de trigo palhagudo”

A cidade onde cresce o desenvolvimento tem os seus pontos negros. Na cidade ninguém se conhece, circulam nas ruas, os trabalhadores que nela procuram melhores condições de vida. Aqui existe para além do trabalho o divertimento as lojas onde tudo se pode comprar mas, onde também falta o amor a amizade que une as pessoas. Assim os habitantes das cidades tornam-se mais solitários apesar de tudo estar perto cria-se um abismo entre as pessoas.

“Mas tudo isto é falso, é maquinal
Sem vida, como um círculo ou um quadrado,
Com essa perfeição do fabricado,
Sem o ritmo do vivo e do real”

A minha palavra favorita"SAUDADE"

Saudade – Escolhi-a como palavra da minha preferência.
Provém do latim "solitáte", solidão.
Diz a lenda que vem da época dos Descobrimentos. Define, pois, a melancolia causada pela lembrança; a mágoa que se sente pela ausência ou desaparecimento de pessoas de quem gostamos e também de tempo passado mas do qual sentimos saudade.
Nenhuma língua traduz a palavra 'saudade' como ela é.
Esta palavra tão usada no vocabulário português tem um significado muito especial. Quando dizemos a palavra saudade é sempre para lembrar de alguém que por algum motivo já não vemos há muito.
Sentir saudade dos tempos de criança é afinal um sentimento bom, é recordar as brincadeiras, os amigos. Saudade daquele Natal e dos bons momentos de convívio familiar que nos marcou para sempre. Saudade é melancolia de olhar para um tempo já passado. Este sentimento forte que nos vem da alma e que por vezes nos traz sofrimento.
Eu gosto desta palavra por ser uma palavra tão nossa, isto é, por ser uma palavra que se define como sendo tão portuguesa. Saudade é um sentimento que a nós portugueses nos diz muito, tal como o fado.
Realmente, não é fácil definir o sentimento de saudade.