Pandora
Na mitologia grega Pandora ("a que possui todos os dons", ou "a que é o dom de todos os deuses") foi a primeira mulher, criada por Zeus como punição aos homens pela ousadia do titã Prometeu em roubar aos céus o segredo do fogo.
Caixa de Pandora
Deste mito ficou a expressão "caixa de Pandora", que se usa em sentido figurado quando se quer dizer que alguma coisa, sob uma aparente inocência ou beleza, é na verdade uma fonte de calamidades. Abrir a Caixa de Pandora significa que uma acção pequena e bem-intencionada pode provocar uma avalanche de repercussões negativas. No mito de Prometeu e de Pandora, a mulher aparece como um "presente" dado aos homens. Semelhante às deusas ela foi moldada em suas feições recebendo ainda todos os dons divinos. E foi Hermes quem lhe pôs no coração a perfídia e os discursos enganosos, além da curiosidade. Desde então, a mulher é considerada a origem de todos os tormentos do homem. Tanto na tradição Grega quanto na Judaico-Cristã há uma tentativa de transgressão dos limites humanos e é a entidade feminina quem impulsiona o homem para tal acção. Na narrativa dos Hebreus a tomada de consciência era oferecida ao homem por Eva. No mito Grego, houve primeiro uma simulação frustrada pela brincadeira de Prometeu ao tentar testar o poder e a clarividência dos Deuses. Depois o próprio Prometeu traz o fogo como presente mas os homens embevecidos com a nova condição, julgam-se iguais aos deuses e provocam uma situação de serem punidos novamente. Aí chega Pandora que ao abrir a caixa derrama sobre a terra todas as desgraças. E a consequência é a perda do paraíso. Mas também se não fossemos expulsos, não cresceríamos. Ainda hoje, a visão que se tem da mulher costuma ser permeada da influência desses dois mitos. Há quem a veja como uma bênção e daria tudo para ter a sua companhia. Há, por outro lado, quem pense diferente.
olhares.aeiou.pt/a caixa de Pandora revisitada