domingo, 26 de outubro de 2008

Caixa de Pandora

Pandora

Na mitologia grega Pandora ("a que possui todos os dons", ou "a que é o dom de todos os deuses") foi a primeira mulher, criada por Zeus como punição aos homens pela ousadia do titã Prometeu em roubar aos céus o segredo do fogo.

Caixa de Pandora





Deste mito ficou a expressão "caixa de Pandora", que se usa em sentido figurado quando se quer dizer que alguma coisa, sob uma aparente inocência ou beleza, é na verdade uma fonte de calamidades. Abrir a Caixa de Pandora significa que uma acção pequena e bem-intencionada pode provocar uma avalanche de repercussões negativas. No mito de Prometeu e de Pandora, a mulher aparece como um "presente" dado aos homens. Semelhante às deusas ela foi moldada em suas feições recebendo ainda todos os dons divinos. E foi Hermes quem lhe pôs no coração a perfídia e os discursos enganosos, além da curiosidade. Desde então, a mulher é considerada a origem de todos os tormentos do homem. Tanto na tradição Grega quanto na Judaico-Cristã há uma tentativa de transgressão dos limites humanos e é a entidade feminina quem impulsiona o homem para tal acção. Na narrativa dos Hebreus a tomada de consciência era oferecida ao homem por Eva. No mito Grego, houve primeiro uma simulação frustrada pela brincadeira de Prometeu ao tentar testar o poder e a clarividência dos Deuses. Depois o próprio Prometeu traz o fogo como presente mas os homens embevecidos com a nova condição, julgam-se iguais aos deuses e provocam uma situação de serem punidos novamente. Aí chega Pandora que ao abrir a caixa derrama sobre a terra todas as desgraças. E a consequência é a perda do paraíso. Mas também se não fossemos expulsos, não cresceríamos. Ainda hoje, a visão que se tem da mulher costuma ser permeada da influência desses dois mitos. Há quem a veja como uma bênção e daria tudo para ter a sua companhia. Há, por outro lado, quem pense diferente.


olhares.aeiou.pt/a caixa de Pandora revisitada

Maria de Jesus Pereira
C.L.C. UC 7 Outubro de 2008

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Alexandre O'Neill




Alexandre Manuel Vahía de Castro O'Neill de Bulhões (Lisboa 19 de Dezembro de 1924 — 21 de Agosto de 1986), filho de descendente de irlandeses.
(Foi várias vezes preso pela polícia política, a PIDE).
Filho de um bancário e de uma dona de casa, nasce em Lisboa Alexandre Manuel Vahia de Castro O’Neill de Bulhões. - 1944: Termina o 1.º ano da Escola Náutica de Lisboa mas, por causa da sua miopia, é-lhe recusada a cédula marítima para exercer pilotagem. Alexandre não continua os estudos. As suas primeiras influências surrealistas surgem no ano de 1947, quando contacta com Mário Cesariny. Em 1948, fundam o Grupo Surrealista de Lisboa, juntamente com nomes como José Augusto França, António Pedro e Vespeira. Este grupo depressa se divide em dois e dá origem ao Grupo Surrealista Dissidente, com personalidades como António Maria Lisboa e Pedro Oom. Também este grupo se dissolve poucos anos depois, mas as influências surrealistas permanecem visíveis nas obras de Alexandre O’Neill, Fez da pátria o seu tema mais constante, e do verso crítico o pincel com que pintou paisagens, gestos e costumes quotidianos.
Um "grande poeta menor", transbordante de sonhos e sedento de realidades submersas, foi em vida, e é em morte, incompreendido e por vezes votado ao esquecimento.
Esse terá sido o preço que pagou por se ter recusado diluir numa qualquer poesia de populismo fácil publicou muitas das suas obras literárias. 1948, A Ampola Miraculosa, integrado na colecção dos Cadernos Surrealistas. Obras: No Reino da Dinamarca (1958), Abandono Vigiado (1960), Poemas com Endereço (1962), Feira Cabisbaixa (1965), De Ombro na Ombreira (1969), As Andorinhas não têm Restaurante (1970), Entre a Cortina e a Vidraça (1972), A Saca de Orelhas (1979), Uma Coisa em Forma de Assim (1980), As Horas já de Números Vestidas (1981).
Escreveu o fado “Gaivota” que Amália tantas vezes cantou, assim como poesia, deixou-nos uma obra de escritas, que só mais tarde damos valor.

Slogans não lhe custam inventar, alguns entram no ouvido, fazem furor. É o caso de BOSCH É BOM. Mas dos slogans a sério, um chega mesmo a converter-se em popular. É um alerta aos banhistas imprevidentes:
HÁ MAR E MAR
HÁ IR E VOLTAR


Um excerto do poema "Um adeus português"

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Não tu não podias ficar presa comigo

à roda em que apodreço

apodrecemos

a esta pata ensanguentada que vacila

quase medita

e avança mugindo pelo túnel

de uma velha dor


Morre em 1986, Alexandre O'Neill vítima de um acidente cardíaco.


Maria de Jesus Pereira
http://www.wikipédia.pt/

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Pesquisa Bibliográfica dos autores




Manuel Maria Barbosa du Bocage nasceu em Setúbal, no dia 15 de Setembro de 1765. Neto de um Almirante francês que viera organizar a nossa marinha, filho do jurista José Luís Barbosa e de Mariana Lestoff du Bocage, cedo revelou a sua sensibilidade literária, que um ambiente familiar propício incentivou. Aos 16 anos assentou praça no regimento de infantaria de Setúbal e aos 18 alistou-se na Marinha, tendo feito o seu tirocínio em Lisboa e embarcado, posteriormente, para Goa, na qualidade de oficial.
Na sua rota para a Índia, em 1786, a bordo da nau "Nossa Senhora da Vida, Santo António e Madalena", passou pelo Rio de Janeiro, onde se encontrava o futuro Governador de Goa. Nesta cidade, teve oportunidade de conhecer e de impressionar a sociedade, tendo vivido na Rua das Violas, cuja localização é actualmente desconhecida.
Em Outubro de 1786, chegou finalmente ao Estado da Índia. A sua estadia neste território caracterizou-se por uma profunda desadaptação. Com efeito, o clima insalubre, a vaidade e a estreiteza cultural que aí observou, conduziram a um descontentamento que retratou em alguns sonetos de carácter satírico.
Nomeado, na qualidade de segundo Tenente, para Damão, de imediato reagiu, tendo desertado. Percorreu, então, as sete partidas do mundo: Índia, China e Macau, nomeadamente. Regressou a Portugal em Agosto de 1790. Na capital, vivenciou a boémia lisboeta, frequentou os cafés que alimentavam as ideias da revolução francesa, satirizou a sociedade estagnada portuguesa, desbaratou, por vezes, o seu imenso talento. Em 1791, publicou o seu primeiro tomo das Rimas, ao qual se seguiram ainda dois, respectivamente em 1798 e em 1804. No início da década de noventa, aderiu à "Nova Arcádia", uma associação literária, controlada por Pina Manique, que metodicamente fez implodir. Efectivamente, os seus conflitos com os poetas que a constituíam tornaram-se frequentes, sendo visíveis em inúmeros poemas cáusticos.
Em 1797, Bocage foi preso por, na sequência de uma rusga policial, lhe terem sido detectados panfletos apologistas da revolução francesa e um poema erótico e político, intitulado "Pavorosa Ilusão da Eternidade", também conhecido por "Epístola a Marília".
Encarcerado no Limoeiro, acusado de crime de lesa-majestade, moveu influências, sendo, então, entregue à Inquisição, instituição que já não possuía o poder discricionário que anteriormente tivera. Em Fevereiro de 1798, foi entregue pelo Intendente Geral das Polícias, Pina Manique, ao Convento de S. Bento e, mais tarde, ao Hospício das Necessidades, para ser "reeducado". Naquele ano foi finalmente libertado.
Em 1800, iniciou a sua tarefa de tradutor para a Tipografia Calcográfica do Arco do Cego, superiormente dirigida pelo cientista Padre José Mariano Veloso, auferindo 12.800 réis mensalmente.
A sua saúde sempre frágil, ficou cada vez mais debilitada, devido à vida pouco regrada que levara. Em 1805, com 40 anos, faleceu na Travessa de André Valente em Lisboa, perante a comoção da população em geral. Foi sepultado na Igreja das Mercês.
A literatura portuguesa perdeu, então, um dos seus mais lídimos poetas e uma personalidade plural, que, para muitas gerações, incarnou o símbolo da irreverência, da frontalidade, da luta contra o despotismo e de um humanismo integral e paradigmático.
Estátua de Bocage na sua terra natal (Setúbal)

Maria de Jesus Pereira
C.L.C. UC 7 Outubro de 2008
Fonte: http://www.bibvirt.futuro.usp.br/

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

SOCIEDADE, TECNOLOGIA, CIÊNCIA

SER BOM ALUNO, BORA LÁ? – REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
0-Todas as conversas que habitualmente temos quando falamos com outras pessoas, quer seja amigos, colegas de trabalho ou simples conhecidos, são apenas conversas casuais. Não são aprofundadas cientificamente.
1-A lei do ouro do trabalho escolar se o aluno se esforçar, trabalhar mais, este aluno tira mais proveito do seu estudo. Muitas vezes isto também se atribui à falta de bases. Se tiverem pais com cursos superiores, a tendência é para seguirem o exemplo dos pais. Um bom estudante deve ser organizado e com método de trabalho, assim obtém melhores resultados.
2-Geralmente o conceito de bom aluno diverge, não há uma regra para definir o bom aluno, existem muitas condições para que isto aconteça. Exemplo um aluno de um extracto social elevado tem todas as condições para ter um bom desempenho. Um aluno de um extracto social mais baixo não tem as mesmas condições, mas em qualquer dos casos há excepções.
3.1- O autor acredita que as novas tecnologias são muito importantes mas, como tudo tem os seus contras. São uma boa ferramenta de estudos sem dúvida contudo um aluno tem de ter a capacidade de as saber utilizar para seu proveito.
3.2-Hoje todos nós podemos aceder a sites de interesse, consultar e obter informações apenas para nosso conhecimento. Sem as novas tecnologias isto não era possível.
4.1-Aqui o autor acha fundamental a apostas do estado nas novas tecnologias, pois são ferramentas essenciais para o estudo mais alargado. É de senso comum que turmas com menos alunos têm maior e melhor aproveitamento. Também o desporto é importante porque quem o pratica começa a ter regras e a ter mais disciplina, isto são boas bases para a sua formação como adultos.
4.2-Turmas mais pequenos, os alunos são mais produtivos, estímulo, experiência pessoal e as novas tecnologias ajudam esses resultados.
5.1-Há uma maioria preguiçosa de alunos, alguns deste alunos até têm capacidades, mas preferem não se dedicar ao estudo, muitas vezes até gozam com os que o são. Alguns destes alunos podem entrar por caminhos que no futuro os levam à delinquência.
5.2-O autor aqui refere-se que na sua geração um curso superior era garantia de emprego. Hoje ter um curso superior não garante que isso aconteça, pois como é do conhecimento de todos os alunos que terminam cursos superiores por vezes estão anos à espera durante um ano e muitos conseguem mas fora da sua especialização.
5.3-Um bom aluno estuda por gosto e com objectivo não tem limites, tenta ir sempre mais além. Estuda para conseguir um patamar mais acima.
6.1-Um aluno com maus resultados pode fingir que é preguiçoso. Acha que há coisas mais importantes para fazer na vida do que estudar. Assim também não lhe pode ser cobrado um melhor desempenho.

Conceito da Sociedade e do “sentido” da acção social

(Conceito da Sociedade e do “sentido” da acção social)
1-ACÇÃO SOCIAL é um comportamento humano orientado por determinada intenção, e simultaneamente condicionado pela necessidade de aprovação pelos outros.
2-SOCIOLOGIA é uma ciência que procura compreender o comportamento dos indivíduos em sociedade com coerência.
3-Weber refere-se neste caso aos grupos sociais que podem tomar acções com determinadas intenções.
4-Os comportamentos estão sujeitos a condicionalismos: os bons alunos que têm um bom desempenho escolar porque têm uma boa estrutura familiar. Mas também pode acontecer que um aluno sem essa boa estrutura, obtenha bons resultados. Este esforço é do próprio indivíduo, pode ser um intelectual mesmo que as suas origens sejam de um nível mais baixo.
5-a) Desde o nascimento que a aprendizagem homem mulher é diferente. Perante isto os comportamentos no futuro são diferentes. A experiência da maternidade é importante para compreender as atitudes geralmente mais responsáveis das mulheres.
b) Em relação à idade, os jovens estão mais abertos à mudança, o mesmo já não acontece com pessoas mais velhas onde essa mudança já é mais difícil.
c) Um indivíduo com reduzidas habilitações escolares é obrigado a conformar-se com as circunstâncias locais. Já no caso dos “quadros superiores” o seu emprego é equacionado à escala global.
6-A escola no contexto de diversidade sociocultural vê-se como as pessoas fazem as escolhas com objectivos concretos. O exemplo dos cursos EFA que os alunos podem concluir o secundário num prazo mais curto. Nestes cursos as pessoas são avaliadas não só pelas suas capacidades, mas também pela sua experiência de vida partilhando-a com formadores e colegas para atingirem os objectivos.
7-As situações de exclusão acontecem e todos temos conhecimento. Existem grandes desigualdades que levam também a estas atitudes na nossa sociedade. Infelizmente são os mais desfavorecidos a ser o alvo desta exclusão. Exemplos os idosos são postos de lado pela família, são como um estorvo para a família e também pela sociedade. Outro caso muito evidente é os deficientes, que independentemente da sua deficiência mesmo com formação têm dificuldade em serem integrados no mercado de trabalho.
8- O consumo está cada mais imposto na vida de todos nós. Pela muita oferta existente e também pelas facilidades que existem para comprar qualquer produto. Actualmente todos somos confrontados com publicidade e a facilidade de obter créditos, o que faz com que se consuma sem pensar em consequências.
As mulheres têm mais tendência para gastar dinheiro em roupas e jóias, os homens são mais atraídos pelos carros e motas, os jovens deliram com as tecnologias: computadores, telemóveis e playstation fazem parte da sua vida. Em função das habilitações escolares também as preferências de consumo diferem: por exemplo, determinada literatura, muito fácil de ler é classificada como literatura light ou literatura pimba por ser adquirida pela classe mais popular. É uma classificação produzida pela elite, que privilegia outro tipo de literatura.